terça-feira, 11 de junho de 2013

VOCÊ NÃO É DONO DE NADA

 se perguntou porque é que as coisas não duram?  Um chuveiro não dura mais do que um ano. Uma lavadora de roupas não passa de 6 anos. Uma geladeira, 7 no máximo. Um aparelho de telefone celular, desses modernos (com androide, touch screen, GPS e o escambal), dois anos (quando não passa de um, apenas). A bateria, normalmente, nem sobrevive a ele. Um liquidificador, 2 anos. Já os bens mais duráveis, como automóveis, quebram ou se desgastam o tempo todo, exigindo peças de reposição com absurda frequência. Não bastasse isso, os avanços tecnológicos são dosados homeopaticamente ao público consumidor. Esse estrangulamento da tecnologia garante que diariamente sejam lançados produtos “mais avançados”, condenando aqueles de ontem à condição de obsoletos. Isso tudo acontece devido a uma programação desonesta do capitalismo, onde propositadamente os bens são feitos para terem vida extremamente limitada, tanto funcional quanto tecnologicamente. Isso sem falar do modismo, do qual a mídia globalista se encarrega. Tudo para que sejamos escravos definitivos de um consumo interminável, escoando nossos ganhos com produtos pelos quais, de fato, pagamos aluguel do direito de uso e nunca  preço de propriedade. A propriedade é uma ilusão vendida pelo sistema. Quando você precisa pagar periodicamente pela manutenção da propriedade de um bem de conforto que deveria ser duradouro, para não dizer perene, então você não tem a propriedade desse bem. É que a partir do momento em que não substituímos o bem estragado (leia-se pagamos o aluguel), perdemos o direito de uso.  Consequentemente, mantem-se a roda viva do consumo periódico, enchendo os cofres dos fabricantes. Chama-se Obsolência Programada, uma forma eufêmica de dizer Canalhice Descarada. Foi feita para exterminar com qualquer tipo de durabilidade. É uma barreira tão nociva ao interesse público que quando alguém tenta rompê-la, ou é amordaçado com dinheiro ou é sumariamente “terminado”. É o drama e risco que hoje está vivendo o espanhol Benito Muros (OEP Eletrics), que inventou uma lâmpada que dura mais de 100 anos. 


Veja as vantagens da lâmpada:
- Gasta 92% menos eletricidade que uma lâmpada incandescente, 85% em relação às alógenas e 70% em relação às fluorescentes.
- Têm garantia de, no mínimo, 25 anos funcionando 24 horas por dia, 365 dias por ano. Muros diz que duram mais de 100 anos.
- Não se queimam com facilidade. A empresa OEP Electrics garante 10.000 (Dez mil) comutações (acender e apagar) diárias.
- Acende na hora. Não precisa esperar ação de reator, pois não o tem.
- Não emite radiações ultravioleta e nem ultravermelho, ao contrário das fluorescentes, evitando problemas de pele e nos olhos.
- Não faz zumbido.
- Consegue iluminar em temperaturas de até 45 graus abaixo de zero.
- Não contém tungstênio e nem mercúrio. Não possui metais pesados que demoram para desintegrar. São recicláveis e seguem todas as normas ambientais.
- Emitem 70% a menos de CO².
- Por ter mais tempo de vida, produzem menos resíduos para a natureza.
- Praticamente não esquentam, utilizando somente aquela energia que será necessária para iluminar. As lâmpadas convencionais, ao contrário, gastam 95% da energia para produzir calor e apenas 5% para iluminar. Ou seja, são feitas propositalmente para gastar, para a alegria das distribuidoras de eletricidade.
- Por não esquentar e não produzir radiação, evitam deterioração dos materiais próximos.
- Evitam risco de incêndio. Não estouram pelo contato de umidade ou gordura (podem ser tocadas, mesmo por mão úmida).
- Não prejudicam a refrigeração dentro de câmaras frigorificas.
Com todas essas vantagens fabulosas e custando apenas 37 euros (para compra online), pouco mais de setenta reais, é óbvio que a indústria do consumo periódico ia chiar. E até ameaçar de morte.
Veja a entrevista de Benito Muros:
“Trata-se de um movimento que denuncia a Obsolescência Programada. Lutamos para que as coisas durem o que tenham que durar, porém os fabricantes de produtos eletrônicos os programam para que durem um tempo determinado e obrigam os usuários a comprar outros novos. A lei permite!
O consumo de nossa sociedade está baseado em produtos com data de validade. Mudar isso suporia mudar nosso modelo de produção e optar por um sistema mais sustentável. Os fabricantes devem ser conscientes de que as crises de endividamento como a que vivemos são inevitáveis e que podemos deter o crime ecológico.
(Repórter: A lavadora de minha mãe durou 35 anos!)
E agora aos seis já dá problemas. Também, antes havia umas meias de náilon irrompíveis.
Deixaram de fabricar, por isso, porque duravam demais.
Mas hoje, por exemplo temos uma lâmpada que está acesa a 111 anos em um parque de bombeiros de Livermore (California). Foi então que surgiu a idéia de criar, junto com outros engenheiros, uma linha de iluminação que dure toda a vida.
(Repórter: Não queima nunca?)
Nunca! Dura mais de cem anos, porém como não veremos, oferecemos uma garantia de 25 anos.
(Repórter: Não se vê isto nos grandes armazéns.)
Não, porque as distribuidoras nos dizem que vivem das que se queimam. Inclusive recebemos ofertas de milhares de dólares para tira-la do mercado.
(Repórter: E quanto custa sua lâmpada?)
Pode ser comprada online por uns 37 euros. Aos fabricantes não lhes interessa.
(Repórter: Um gênio ou um louco?)
Nem um nem outro. Somente buscamos uma sociedade mais justa. Ainda que isto signifique estar ameaçado de morte. A lâmpada criada pela OEP Electrics responde à necessidade atual de um compromisso com o meio ambiente. Ao durar tanto tempo, não gera resíduos ao mesmo tempo em que permite uma poupança energética de até 92% e emite até 70% a menos de CO2.
Muros diz que está sendo ameaçado devido a seu invento, pois apesar de ter recebido ofertas milionárias para retirar seu produto do mercado, pretende levar o empreendimento avante:
- “Senhor Muros, você não pode colocar seus sistemas de iluminação no mercado. Você e sua família serão aniquilados”, reza a denúncia que Muros apresentou à Polícia, que apesar do medo não se acovardou.
Infelizmente o mundo é gerenciado por uma estirpe criminosa para quem o bem comum e o meio ambiente nada representam.  Vale dizer que seria otimismo demais achar que um dia teremos a oportunidade de ter uma lâmpada dessas em nossas casas. Certamente terá o mesmo destino do motor movido a hidrogênio, do motor movido a água, da energia elétrica pública e gratuita de Nicola Tesla, da cura do câncer (que já existe há anos) e de tantos outros benefícios que tornariam nosso planeta mais humano. Muitos deles nem ao menos tivemos a oportunidade de sequer ouvir falar. Todos aniquilados pela súcia adoradora do deus dinheiro.